Por Julius Victorius
Dizem por aí que o western é um gênero morto, exaurido; que os seus filmes já não atendem mais os anseios daquele público ávido por uma boa história recheada com sangue, suor e balas. A verdade é que como nada pode durar para sempre, ele já viveu o seu clímax (Rastros de Ódio; Os Brutos também amam e Por um punhado de dólares, por que não?), e desde a década de 90 encontra-se em seu nadir, porém, nos brindando esporadicamente com uma ou outra grande produção (Os Imperdoáveis e Dança com Lobos).
Dizem por aí que o western é um gênero morto, exaurido; que os seus filmes já não atendem mais os anseios daquele público ávido por uma boa história recheada com sangue, suor e balas. A verdade é que como nada pode durar para sempre, ele já viveu o seu clímax (Rastros de Ódio; Os Brutos também amam e Por um punhado de dólares, por que não?), e desde a década de 90 encontra-se em seu nadir, porém, nos brindando esporadicamente com uma ou outra grande produção (Os Imperdoáveis e Dança com Lobos).
O Western narra a saga do homem branco em sua luta para conquistar o arredio oeste norte-americano. É um dos gêneros considerados clássicos para o cinema. Começou a ser produzido no início do século XX, mesmo quando sequer existia hollywood e a sonoplastia, e foi sucesso absoluto de público até os anos 50, época que se transfere para a Itália (western spaghetti), onde ainda rende ótimos filmes.
O Cineclube Mossoró, ciente da importância que o “bang-bang” possui no cenário cinematográfico, vem apresentar ao público o filme Duelo de Titãs (Last Train to Gun Hill, Estados Unidos, 1958.), cuja direção coube ao magnífico John Sturges, e tem como estrelas principais os renomados Kirk Douglas e Anthony Quinn. O filme será exibido no dia 12 de Abril, às 19:30, no auditório da Biblioteca Municipal Ney Pontes Duarte.
Douglas é Matt Morgan, um elegante xerife possuidor de duplo motivo para prender os delinqüentes envolvidos em um assassinato: primeiro porque, na condição de xerife, é sua obrigação coibir todo e qualquer crime ocorrido sob a sua jurisdição, detendo seus responsáveis; em segundo lugar, porque nesse caso, a vítima do homicídio foi a sua esposa. As evidências deixadas pelos bandidos na cena do crime levam Matt à fazenda de um grande amigo seu, cujo nome é Craig Belden (Quinn). Belden é o fazendeiro mais rico da região onde vive, e como, em determinadas situações, o poder econômico se sobrepõe aos demais, ele é quem dita as regras por lá.
Para azar de Morgan e sorte do espectador, um dos supostos assassinos de sua mulher é o filho de Craig Belden. Este, fazendo uso do enorme prestígio que possui e se valendo de sua antiga amizade com Matt, roga pela liberdade de seu filho. Matt, porém, ainda consternado com a morte de sua querida esposa e impulsionado pela obrigação que tem de fazer valer a lei, não atende ao pedido de seu amigo e deixa claro que vai prender seu filho a qualquer custo.
Embora o primeiro tiro seja disparado apenas depois de 40 minutos de filme, isso não descaracteriza esse faroeste de suspense como um legítimo bang-bang.
O ótimo roteiro de James Poe serve de reforço àqueles que anunciam a morte do gênero (já não se fazem mais westerns como antigamente) e passa a ocupar o papel principal nessa obra, uma vez que a atuação do protagonista fica aquém do que se espera dele.
Duelo de Titãs é o tipo-padrão dos bons filmes de bang-bang. Além do roteiro fenomenal, como já foi dito, possui outras características que são obrigatórias para o gênero: mulheres bonitas; bares; jogo de cartas; bebidas e, é claro, homens durões. O oeste americano foi, sem dúvida, o lugar onde os fracos nunca tiveram vez.
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